terça-feira, 27 de setembro de 2011

Mulher-cachorra

Mulher-Cachorra

Como gosto de ti
Mulher-cachorra
Quando balança o pelo molhado
Me encharcando e rindo
Me seduzindo com seu bem-olhado
Quando, com sua lealdade
Protege, avançando contra quem
Não percebi a maldade
E com sua gentileza,
Sem interesse, sem preço,
Só apreço,
Que me apresso em preservar,
Insiste em se desnudar.
E com seu olhar,
Quase pedinte,
Humilde, afável, dócil,
A me embriagar,
Mas sem se violentar,
Já que até pra mim,
Sabe rosnar.
Mulher-cachorra,
Tão amiga, tão doce, tão decente,
Assim acaba me tornando gente.

Por Cezar Conde
 http://www.cezarconde.blogspot.com/